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Adeus Copa do Brasil


Mais uma decepção na conta dos botafoguenses. Tragédia narrada em dois capítulos, e que ainda não terminou. O terceiro virá no domingo. Hoje nem me darei ao trabalho de falar do quão ridículo o time foi em campo. Esse papel, os jogadores já fizeram questão de fazer. E apesar do que alguns acham futebol não é feito apenas dentro das quatro linhas. Esse fenômeno que tentam definir por aí como esporte, vai muito mais além disto. Envolve paixão, amor, dedicação e certas pitadas de loucura. Sim, loucura. Loucura esta, que faz com que o futebol seja uma das coisas mais importantes na vida de muitas pessoas. E eu sou um dos mais “pirados” dentro deste manicômio que cada vez lota mais. E sabe o que é pior? Não quero ser curado nunca.  Pois este distúrbio psicológico é um das coisas que mais me dão prazer na vida. Porém, nem sempre é assim.


Hoje me pergunto, vale a pena se “esgoelar”, ficar rouco, gritar, bater, chorar por causa de “um bucado de homens correndo atrás de uma bola”? Quer saber? Independente de todas as tristezas vale. Porque é isto que faz o futebol ser muito mais que um esporte. É algo completamente inexplicável.  Há tempos eu não ficava tão triste em relação ao futebol como fiquei hoje. E ainda tive que ouvir um dos ídolos atuais do Botafogo, Loco Abreu, dizer que: “ninguém vai morrer, isto é só um esporte”. Concordo caro Loco. Ninguém vai morrer. Mas só damos importância às coisas se elas estiverem na linha tênue que separa a vida da morte? Eu não vou morrer se eu acabar um namoro, se eu não passar em uma prova, até mesmo se eu perder minha mãe. Mas eu não quero nada disto (obviamente, sem querer comparar a importância destas coisas na vida de um ser humano). Então eu te respondo, caro intocável e sempre corretíssimo Loco Abreu, você e essa corja que hoje vestiram o manto não acabaram com a vida de ninguém, mas eu tenho certeza que deixaram a noite de milhares de pessoas muito mais triste.

E sabe o que me faz amar cada vez mais o futebol? É que eu sei que domingo, mesmo não acreditando no título do Fogão, eu estarei torcendo, gritando, vibrando e acreditando (isto mesmo, acreditando) que o GLORIOSO irá se sagrar campeão. Caso não seja? Não importa, eu sou BOTAFOGO, eu sempre serei e como eu já disse, a loucura faz parte do futebol, e como diria Ney Matogrosso “Sim sou muito louco, não vou me curar. Mas louco é quem me diz. E não é feliz, eu sou feliz”.